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Testemunha Ocular


Autor: Testemunha Ocular.

No domingo, dia 10 de junho de 2007, estive no estádio do Morumbi assistindo a uma partida de futebol. Uma das maiores críticas feitas aos estádios de futebol no Brasil é que seus banheiros são sujos — o que, de fato, é verdade. Mas o restante do estádio estava relativamente limpo e a partida transcorreu sem maiores incidentes. Havia um número significativo de famílias presentes, pais e crianças pequenas, contrariando também a idéia disseminada por boa parte da mídia de que jogos de futebol são autênticas “praças de guerra”. A violência e a desorganização existem, mas a repercussão que se promove em torno chega a ser, por vezes, desproporcional a realidade dos fatos.

Voltando para casa, os ônibus que seguiam pela rua Augusta, zona central de São Paulo, ficaram presos no trânsito, em decorrência ainda do deslocamento da Parada do Orgulho Gay. A maioria dos passageiros preferiu descer e prosseguir seu trajeto a pé. E foi o que fiz.

O que vi a partir daí tinha bem pouco de “orgulho”. A região entre a rua Augusta, a rua Caio Prado e a rua da Consolação estava tomada por algo entre o caos urbano e uma celebração de embriaguez. Poucos policiais e centenas de participantes da parada, a maioria deles em visível estado alterado por álcool ou alguma droga mais pesada, cambaleantes pelas ruas. Os carros presos no tráfego jogavam latas e garrafas nas calçadas.

A sujeira era visível, e o cheiro de urina superava em muito qualquer banheiro de estádio de futebol. Vi dezenas de pessoas urinando nos postes de iluminação, algumas em grupos, urinando juntas no meio-fio. Muitos pareciam nauseados e, sentados na calçada, vomitavam próximos a sarjeta, sendo consolados pelos colegas. Fogueiras acesas com restos e papéis sujos. Um espetáculo deprimente.

Ao chegar à rua Caio Prado, percebi que uma mulher sozinha caminhava a metros atrás de mim e vinha da direção dos ônibus. Trocamos um olhar rápido e vi que ela sentia o mesmo que eu: uma mistura de receio e desamparo em meio àquelas centenas de pessoas envolvidas numa espécie de transe, meio pagão, meio místico, estimulado pela música alta que vinha da Praça Roosevelt. Um estupro ou assalto naquele momento poderia tranqüilamente ser confundido pela multidão como parte da excitação da festa, e ignorado sem maiores arrependimentos.

Caminhamos então pelo meio da rua interditada, cercados pelos dois lados por duas fileiras de ônibus de excursão. Um casal de idosos, certamente morador da região (que é bastante residencial) fazia o possível para desviar de alguns jovens adultos e quase desnudos, cambaleantes, que se abraçavam e gritavam, sem se concluir ao certo se o sentimento que procuravam expressar era alegria ou dor reprimida.

Repito aqui o que já foi dito: alguém que fosse raptado naquele local, e carregado para dentro de um daqueles ônibus de excursão, poderia ser morto ou seviciado livremente: seu desespero não seria sequer percebido pela multidão em “estado alterado”.

Espantei-me ainda com uma grande quantidade de adolescentes, garotos e garotas muito jovens entre os participantes, gente de 12, 13 anos no máximo, andando em turmas, fumando e bebendo muito além da conta. E, pelo que pude perceber, a quantidade de “homossexuais reais” entre os milhões bradados pela imprensa é bem menor do que se poderia imaginar: vi muitos casais heterossexuais aproveitando essa espécie de carnaval fora de hora que virou a Parada do Orgulho Gay.

Recordei-me, ainda, de imagens de filmes antigos, do frenesi a que se entregavam, por exemplo, os militantes nazistas queimando livros ou erguendo símbolos de sua devoção obsessiva. Uma excitação cega, não entusiasmada. Os olhares vidrados. Não percebi exatamente onde estaria o “gosto pela diversidade” apregoado pelos militantes. Senti medo, antes de tudo. Não de violência, especificamente, mas daquela celebração em larga da escala do desprezo pelas conseqüências do que se faz e do que vive. Discernir o bem do mal, naquele momento, não parecia fazer sentido algum.

Mas o que mais me chamou a atenção e que será difícil de esquecer foi o cheiro quase insuportável de urina, a rua pública transformada num imenso banheiro, num lixão popular de ilusões e sentimentos perdidos.

Nota: A testemunha desses fatos sabe que os homossexuais se dizem vítimas de muitas injustiças, porém não subestima o poder dos opressores em pele de “vítimas”. Temendo que esse relato verdadeiro, mas desfavorável, a um evento gay atraia a retaliação de homossexuais em seu ambiente de trabalho, o autor desse texto prefere, para sua própria segurança e de sua família, permanecer anônimo. Os homossexuais alegam que são vítimas de todo tipo de preconceito e perseguição, mas tente mostrar ao mundo o que eles fazem… e eles lhe darão uma lição de preconceito e perseguição que você jamais vai esquecer!




"Na verdade, TODOS os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições."
(II Timóteo 3:12)

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