Por Anastasia Alekséevskikh
A Rússia e o Brasil podem assinar um acordo de swap cambial (troca de taxa de variação cambial por juros pós-fixados), disse em declarações ao jornal “Marker” o presidente da Associação de Bancos Regionais, Anatóli Aksakov. Segundo ele, essa questão foi abordada durante a recente visita de uma missão de bancos russos à América do Sul.
“As transações de comércio exterior em moedas nacionais têm bom futuro. Por isso, os dois países devem conjugar seus esforços para promover a prática de pagamentos e recebimentos em moedas nacionais em operações comerciais e de investimento, evitar os riscos decorrentes das flutuações cambiais e reduzir os prejuízos causados pelo câmbio. Tudo isso favorecerá o intercâmbio comercial e as atividades de investimento, assim como permitirá cumprir as metas do crescimento econômico e da vantagem mútua”, disse Aksakov.
Segundo ele, a Rússia praticamente resolveu esse problema com a China enquanto as transações comerciais com o Brasil continuam sendo realizadas em dólares. “O Brasil é um país emergente. Dado que nossa moeda nacional é agora bastante estável, poderíamos abandonar aos poucos o dólar, primeiro em transações de pequeno porte, depois em transações maiores”, acredita Aksakov.
Ainda de acordo com Aksakov, os Bancos Centrais da Rússia e do Brasil pretendem discutir, no âmbito de seu acordo de cooperação, a possibilidade de simplificar as operações de câmbio entre os dois países. A mesma questão será discutida pelo Banco Central russo com seu congênere argentino.
“Falei com os argentinos nos bastidores. Eles são de opinião de que quaisquer restrições, incluindo aquelas relativas ao câmbio, entre os países não têm efeito”, salientou Aksakov. Segundo ele, os Bancos Centrais da Rússia e do Brasil negociam também a possibilidade de simplificar os procedimentos para a abertura de contas correspondentes.
Opção chinesa
O acordo de swap cambial entre os Bancos Centrais da Rússia e da China foi celebrado no ano passado. O processo teve início em 2002, quando foi assinado um acordo de liquidações interbancárias para o comércio nas regiões próximas das fronteiras.
Esse documento permitiu aos agentes econômicos interessados usar no comércio nas regiões próximas da fronteira as moedas nacionais de seus respectivos países, impulsionando assim o crescimento do número de regiões e bancos dispostos a operar com as moedas nacionais dos dois países. Ao mesmo tempo, os bancos começaram a ampliar a gama de seus serviços de liquidação em moeda nacional, abrangendo as mais diversas áreas, desde o comércio nas zonas junto à fronteira até o turismo.
Em 2010, na Rússia e na China, começou a negociação entre o rublo e o yuan. Em 23 junho de 2011, os Bancos Centrais dos dois países assinaram um acordo sobre liquidações e pagamentos que permitiu estender a prática de pagamentos nas moedas nacionais a todas as transações comerciais. Segundo os dados disponíveis em dezembro de 2011, o valor de negociação do par yuan/rublo no mercado interbancário de câmbio da China atingiu 4,7 bilhões de yuans.
Nas transações comerciais, a percentagem de pagamentos em rublo é maior do que em yuan. No entanto, o volume de operações de liquidação em yuan está crescendo, aumentando 8,2 vezes, para 1,7 bilhão de yuan, em 2011. O maior banco russo, o Banco de Poupança (Sberbank) pretende promover sua marca na China e ampliar seus contatos com os parceiros chineses. O anúncio foi feito pelos representantes do Sberbank durante uma apresentação na China no ano passado.
Fonte: Gazeta Russa.
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“As transações de comércio exterior em moedas nacionais têm bom futuro. Por isso, os dois países devem conjugar seus esforços para promover a prática de pagamentos e recebimentos em moedas nacionais em operações comerciais e de investimento, evitar os riscos decorrentes das flutuações cambiais e reduzir os prejuízos causados pelo câmbio. Tudo isso favorecerá o intercâmbio comercial e as atividades de investimento, assim como permitirá cumprir as metas do crescimento econômico e da vantagem mútua”, disse Aksakov.
Segundo ele, a Rússia praticamente resolveu esse problema com a China enquanto as transações comerciais com o Brasil continuam sendo realizadas em dólares. “O Brasil é um país emergente. Dado que nossa moeda nacional é agora bastante estável, poderíamos abandonar aos poucos o dólar, primeiro em transações de pequeno porte, depois em transações maiores”, acredita Aksakov.
Ainda de acordo com Aksakov, os Bancos Centrais da Rússia e do Brasil pretendem discutir, no âmbito de seu acordo de cooperação, a possibilidade de simplificar as operações de câmbio entre os dois países. A mesma questão será discutida pelo Banco Central russo com seu congênere argentino.
“Falei com os argentinos nos bastidores. Eles são de opinião de que quaisquer restrições, incluindo aquelas relativas ao câmbio, entre os países não têm efeito”, salientou Aksakov. Segundo ele, os Bancos Centrais da Rússia e do Brasil negociam também a possibilidade de simplificar os procedimentos para a abertura de contas correspondentes.
Opção chinesa
O acordo de swap cambial entre os Bancos Centrais da Rússia e da China foi celebrado no ano passado. O processo teve início em 2002, quando foi assinado um acordo de liquidações interbancárias para o comércio nas regiões próximas das fronteiras.
Esse documento permitiu aos agentes econômicos interessados usar no comércio nas regiões próximas da fronteira as moedas nacionais de seus respectivos países, impulsionando assim o crescimento do número de regiões e bancos dispostos a operar com as moedas nacionais dos dois países. Ao mesmo tempo, os bancos começaram a ampliar a gama de seus serviços de liquidação em moeda nacional, abrangendo as mais diversas áreas, desde o comércio nas zonas junto à fronteira até o turismo.
Em 2010, na Rússia e na China, começou a negociação entre o rublo e o yuan. Em 23 junho de 2011, os Bancos Centrais dos dois países assinaram um acordo sobre liquidações e pagamentos que permitiu estender a prática de pagamentos nas moedas nacionais a todas as transações comerciais. Segundo os dados disponíveis em dezembro de 2011, o valor de negociação do par yuan/rublo no mercado interbancário de câmbio da China atingiu 4,7 bilhões de yuans.
Nas transações comerciais, a percentagem de pagamentos em rublo é maior do que em yuan. No entanto, o volume de operações de liquidação em yuan está crescendo, aumentando 8,2 vezes, para 1,7 bilhão de yuan, em 2011. O maior banco russo, o Banco de Poupança (Sberbank) pretende promover sua marca na China e ampliar seus contatos com os parceiros chineses. O anúncio foi feito pelos representantes do Sberbank durante uma apresentação na China no ano passado.
Originalmente publicado no www.marker.ru
Fonte: Gazeta Russa.
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