"Cristo ligou toda a autoridade na comunhão ao serviço fraternal. Autoridade espiritual autêntica só existe onde é cumprido o serviço de ouvir, servir, carregar e pregar.
Todo culto a uma pessoa, abrangendo qualidades excepcionais, capacidades, poderes e talentos extraordinários - ainda que sejam de ordem espiritual -, é mundano e não tem lugar na comunidade cristã, antes a envenena. O tão frequente anseio de nossos dias por 'figuras episcopais', 'pessoas sacerdotais', 'personalidade com autoridade' nasce, não raro, da necessidade espiritual mórbida de admirar seres humanos, de estabelecer autoridade humana visível, porque a autêntica autoridade de servir parece pequena demais.
Nada se opõe tanto a esse pensamento quano o texto de 1º Timóteo 3, onde o o bispo é retratado como homem simples e fiel, sadio na fé e na vida. Sua autoridade consiste no cumprimento do seu serviço. Não há o que admirar no homem em si.
'Quanto a vós não permitais que vos chamem Rabi, pois um só é vosso Mestre e todos vós são irmãos.' (Mateus 23:8)
Não é de personalidades brilhantes que uma comunidade precisa, mas de fiéis servidores de Jesus e dos irmãos. A questão da confiança espiritual, tão intimamente ligada à questão da autoridade, decide-se na fidelidade com que alguém cumpre o serviço de Jesus Cristo, e não nas qualidades extraordinárias de que dispõe.
A verdadeira autoridade pastoral só encontrará aquele servo de Jesus que não busca autoridade própria, mas que, sujeito à autoridade da Palavra, é um irmão entre irmãos."
Todo culto a uma pessoa, abrangendo qualidades excepcionais, capacidades, poderes e talentos extraordinários - ainda que sejam de ordem espiritual -, é mundano e não tem lugar na comunidade cristã, antes a envenena. O tão frequente anseio de nossos dias por 'figuras episcopais', 'pessoas sacerdotais', 'personalidade com autoridade' nasce, não raro, da necessidade espiritual mórbida de admirar seres humanos, de estabelecer autoridade humana visível, porque a autêntica autoridade de servir parece pequena demais.
Nada se opõe tanto a esse pensamento quano o texto de 1º Timóteo 3, onde o o bispo é retratado como homem simples e fiel, sadio na fé e na vida. Sua autoridade consiste no cumprimento do seu serviço. Não há o que admirar no homem em si.
'Quanto a vós não permitais que vos chamem Rabi, pois um só é vosso Mestre e todos vós são irmãos.' (Mateus 23:8)
Não é de personalidades brilhantes que uma comunidade precisa, mas de fiéis servidores de Jesus e dos irmãos. A questão da confiança espiritual, tão intimamente ligada à questão da autoridade, decide-se na fidelidade com que alguém cumpre o serviço de Jesus Cristo, e não nas qualidades extraordinárias de que dispõe.
A verdadeira autoridade pastoral só encontrará aquele servo de Jesus que não busca autoridade própria, mas que, sujeito à autoridade da Palavra, é um irmão entre irmãos."
Retirado do livro "Vida Em Comunhão",
de Dietrich Bonhoeffer, pg. 94
(Editora Sinodal)
de Dietrich Bonhoeffer, pg. 94
(Editora Sinodal)
O livro foi escrito em 1939, mas como é atual!
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