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ONU x Israel


Após o relatório mensal do Conselho de Segurança (CS) da ONU sobre o Oriente Médio na terça-feira, 14 dos seus 15 membros aproveitaram a oportunidade para atacar Israel e culpar a construção de assentamentos pelo impasse nas negociações de paz.

Os EUA permaneceram em silêncio enquanto as outras nações, uma após a outra, lançaram suas condenações orais. O atual Presidente do Conselho, Vitaly Churkin da Rússia, disse que era um "momento histórico", quando quatorze nações foram ao microfone num ataque uníssono a Israel. Churkin também criticou os EUA por seu apoio a Israel.

O embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, que também falou pela França, Alemanha e Portugal, disse que “a segurança de Israel e a realização do direitos dos palestinos a um Estado não são metas opostas... Mas eles não serão atingidos, enquanto a construção de assentamentos e a violência dos assentados continuar”.

O embaixador da África do Sul na ONU, Baso Sangqu, chamou a construção dos assentamentos de “o principal obstáculo para a solução de dois Estados”.

O porta-voz da missão de Israel na ONU, Karean Peretz, respondeu dizendo que "o principal obstáculo para a paz tem sido, e continua sendo, a reivindicação palestina do chamado direito de retorno e sua recusa em reconhecer Israel como o Estado judeu”.


Comentário:

Este evento do CS da ONU foi um relato sobre o Oriente Médio. Num período em que dezenas de pessoas estão sendo assassinadas diariamente na Síria por um ditador usando a violência mais hedionda contra seu próprio povo; quando os militares egípcios abusam seu poder num suposto Egito democrático; quando o Irã está à beira de desenvolver armas nucleares, quando o fundamentalismo islâmico está em ascensão em toda a região, e quando os cristãos têm negados direitos humanos básicos, são perseguidos e fogem da área; o Conselho de Segurança decide concentrar-se na construção de casas para os judeus.


Não somente a ONU falha ao colocar suas prioridades e, assim, mostrar o descaso com sua própria carta para proteger a paz e os direitos humanos, mas ela decide ir atrás de um governo israelense que tem feito mais do que qualquer outro governo anterior só para ter as negociações iniciadas. Na ONU, na terça-feira (20), bem como na mídia hoje, a atividade de Israel de construção (muito limitada) nos assentamentos é apresentada como a razão pela qual não há negociações. No site oficial da ONU se pode ler: “Conversas diretas paralisadas no final de setembro do ano passado após Israel se recusar a prorrogar o congelamento da atividade de assentamento”. A AFP escreveu isto: “As conversas de paz israelo-palestinas desmoronaram semanas após terem recomeçado em setembro de 2010 porque Israel encerrou uma moratória de 10 meses na construção de assentamentos”.

Isso são mentiras descaradas! O líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, se recusou a negociar por mais de um ano antes de Setembro de 2010, e o congelamento na construção dos assentamentos, um passo sem precedentes por parte do governo israelense pelo que Netanyahu pagou um alto preço político, era para colocar Abbas de volta à mesa de negociações. Para não mencionar que a construção nos assentamentos sempre continuou sob negociações anteriores - nunca tendo sido um empecilho.

Abbas usou a atividade de construção para evitar as negociações já que ele sabia que o governo Netanyahu nunca daria a ele o que ele queria. Ou seja, o povo israelense, que elegeu o governo Netanyahu não daria Abbas aquilo que ele queria. Na arena internacional, Netanyahu é frequentemente apresentado como sendo teimoso e indisposto ao compromisso. Mas o chefe de Netanyahu é o povo de Israel. E eles não acreditam que Abbas faz exigências razoáveis.

Mas o que é que causa pessoas inteligentes, jornalistas, embaixadores da ONU e os governos que os enviam, a agir desafiando fatos óbvios e a sólida lógica? O que é isso que fazem com que ajam com tanta hipocrisia? Embora se possa de algum modo compreender que os líderes dos Estados muçulmanos, com seu ódio patológico de Israel, estão dispostos a ignorar a verdade e até mesmo inventar uma versão distorcida dos acontecimentos, porque é que pessoas esclarecidas aceitam essa propaganda anti-israelense? Será que eles não entendem que eles minam sua própria credibilidade e a legitimidade da ONU? Ao continuar a sacrificar Israel, em nome de ganhar favores políticos no mundo muçulmano, eles minam o respeito pelo governo, primeiro num nível internacional, mas em breve também em um nível nacional. Chegou a hora para jornalistas, diplomatas e políticos recusarem participar desta farsa.

Com relação ao silêncio dos EUA no Conselho de Segurança da ONU – é uma vergonha. Isto equivale a uma traição ao seu único aliado confiável no Oriente Médio.

Fonte: Word of Life Israel

Extraído de: Cessar-Fogo.

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