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Extremistas islâmicos dizem ter matado 1.700 militares no Iraque


O Estado Islâmico do Iraque e do Levante, grupo islamita que tomou na terça-feira (10) o controle de Mosul, quer tornar real seu próprio nome. Isso é, estabelecer um califado islâmico no Iraque e na região do Levante (que toma territórios de Síria e Líbano).

Os recentes avanços do grupo, incluindo a guerra na Síria e a crise no Iraque, aterrorizando os regimes e os insurgentes na região, apontam para uma rápida evolução na direção do objetivo.

Não está claro de onde vem o financiamento do grupo, com suspeitas de doações de grandes quantias, inclusive de governos da região. Mas, apesar do apoio ainda não esclarecido, seus militantes deixaram evidente, nesta semana, sua séria capacidade de articulação.

Os sucessos também preocupam a comunidade internacional, que tem trocado sua opinião de que esses islamitas são "uma franquia da Al Qaeda" para a noção de que podem se tornar, em breve, uma ameaça mais séria à estabilidade da região.

Caso fortaleçam suas posições nas fronteiras norte e leste da Síria e oeste do Iraque, o Estado Islâmico - conhecido pela sigla Isil, ou EIIL em português- poderá na prática apagar essas linhas e expandir sua aplicação rigorosa da lei islâmica.

O território hoje sob influência dos islamitas inclui Deir Ezzor, na Síria, e as províncias iraquianas de Anbar e Nínive, facilitando a circulação de armas e militantes.

HISTÓRICO

O EIIL, que tem hoje milhares de militantes na região, foi formado a partir de milícias criadas pela invasão do Iraque. O seu principal líder, quando era conhecido como "Al Qaeda no Iraque", foi Abu Musab al-Zarqawi. Ele foi morto em 2006.

Envolta em informações conflitantes e incompletas, a liderança do EIIL é composta por diversos nomes. Hoje, o principal deles é Abu Bakr al-Baghdadi. Diversos de seus guerreiros são "jihadistas" estrangeiros, incluindo americanos e europeus. Não há um registro de brasileiros.
 
Descontente com os métodos do EIIL, Ayman al-Zawahiri, líder da Al Qaeda, deserdou a organização. Oficializando a distinção, ele afirmou que a presença da Al Qaeda é representada na Síria pelos islamitas da Jabhat al-Nusra, e não pelo EIIL.


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