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Parlamento da Nigéria aprova projeto CONTRA casamento gay

Texto prevê até 14 anos de prisão para quem se casar com pessoa do mesmo sexo

O parlamento da Nigéria aprovou nesta quinta-feira um projeto de lei que prevê penas de até 14 anos de prisão para quem se casar com uma pessoa do mesmo sexo, informou a agência de notícias estatal do país africano, NAN.

"O casamento ou a união civil entre pessoas do mesmo sexo não será formalizado em nenhum local de culto, seja igreja ou mesquita, nem em nenhum lugar da Nigéria", diz o texto aprovado.

O texto também torna ilegal a formação de grupos ou organizações homossexuais. Quem for testemunha do casamento ou ajudar o casal de qualquer forma pode ser condenado a até dez anos de prisão, pena máxima prevista também para quem registrar, colocar em funcionamento ou participar de clubes, organizações ou sociedades gays. Também está sujeito à pena qualquer um que der demonstrações públicas de estar em uma relação amorosa homossexual.

Aprovado pelo Senado em 2011, o projeto passou agora pela Câmara dos Deputados com algumas pequenas alterações. Uma comissão com membros das duas casas devem chegar a um acordo sobre o texto final que será encaminhado ao presidente Goodluck Jonathan para sanção.

O sexo gay é proibido no país. Em todo o continente, vários países já preveem penas de prisão para a homossexualidade. A proposta votada na Nigéria chamou a atenção de países europeus, alguns dos quais já ofereceram asilo a minorias sexuais com base em relações de gênero. O governo britânico recentemente ameaçou cortar a ajuda a países africanos que violam os direitos de cidadãos homossexuais. Na Grã-Bretanha está em discussão um projeto no sentido contrário, de legalizar o casamento gay.

Fonte: Veja.

TJ-RJ realiza maior cerimônia coletiva de uniões estáveis homoafetivas do mundo

 
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e o governo do Estado realizaram neste último domingo (9) a 3ª cerimônia coletiva de uniões estáveis homoafetivas. Desta vez, a ação reuniu cerca de 100 casais de diversos municípios do estado, número duas vezes maior do que o registrado na última cerimônia, que aconteceu em julho.

Os casais estavam acompanhados de familiares e amigos e foram presenteados, na abertura da cerimônia, com a performance da atriz e cantora Jane Di Castro, que preparou um repertório especialmente para a data, além de brindar a todos com sua interpretação do Hino Nacional.

A desembargadora aposentada e presidenta da Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB, Maria Berenice Dias, foi uma das madrinhas simbólicas dos casais. A desembargadora Cristina Gaulia fez a leitura da sentença de união estável, junto com a juíza Cristiana Faria, que a auxiliou na condução da cerimônia.

O superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e Coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, juntamente com seu cônjuge João Silva, puxaram o momento do beijo entre os casais.  Além disso, o ato contou com as presenças de Luciana Mota, coordenadora do NUDIVERSIS, da Defensoria Pública do Estado do RJ, e do novo secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira.

Servidores públicos homossexuais do Tribunal de Justiça do Rio também estavam entre as pessoas que selaram a união estável com seus parceiros (as). A iniciativa partiu do próprio TJ, que decidiu incentivar seus funcionários a participarem da cerimônia e regularizarem suas uniões.
 
“É louvável que o Tribunal de Justiça do Rio incentive seus servidores a participar da cerimônia, valorizando ainda mais esse evento. A parceria da SUPERDIR/SEASDH, do DEAP do TJ/RJ e do NUDIVERSIS da DPGE/RJ é um grande ganho na busca pela cidadania plena da população LGBT”, comentou o superintendente Cláudio Nascimento, que coordena esta ação, que faz parte do Programa Rio Sem Homofobia.

A cerimônia foi realizada um dia após o dia Nacional da Família (8) e um dia antes do Dia Internacional dos Direitos Humanos, festejado no dia 10 de dezembro, dando um significado especial à celebração.

“Estamos diante de um momento ímpar na história nosso país, no qual lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais vem consolidando seus direitos à cidadania plena. O evento deste domingo é a perfeita tradução desse momento, quando vemos casais homoafetivos reafirmando um direito já conquistado junto ao STF, dando visibilidade à essa conquista e servindo de exemplo para que outros casais façam o mesmo. Com essa cerimônia, que é a maior realizada no mundo, damos continuidade aos avanços conquistados na área dos direitos civis e humanos da comunidade LGBT”, ressaltou Cláudio Nascimento.

A cerimônia aconteceu às 15h, no auditório do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, localizado na Rua Dom Manuel, 37, no Centro da cidade.


Entrevista com Maria do Rosário


Futura titular de Direitos Humanos, Maria do Rosário diz que primeira
medida no comando da pasta será intensificar combate à homofobia.


Uma das primeiras mulheres confirmadas para o governo de Dilma Rousseff, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), 44, defenderá na Secretaria de Direitos Humanos temas polêmicos, como a adoção por casais homossexuais.

O assunto é um dos pontos da terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos. Essa posição a coloca em choque com a bancada evangélica do Congresso.

"A orientação sexual das pessoas não determina se elas serão bons pais ou mães", diz a futura ministra.

Formada em Pedagogia e com mestrado em educação e violência infantil, ela criticou a forma como o aborto e a união civil entre homossexuais foram tratados nas eleições deste ano.



FOLHA DE SÃO PAULO - A sra. concorda com o texto final do Plano Nacional de Direitos Humanos?

Maria do Rosário - Vou assumir uma pasta que já tem um programa. Portanto, nós vamos cumpri-lo plenamente como ele está, com as mudanças feitas pelo presidente Lula. Os temas que os movimentos sociais avaliarem que ficaram insuficientemente tratados serão mantidos em debate aberto, franco e tranquilo. O plano é uma referência e nós vamos trabalhar com ele sem medo.


FOLHA - No ano passado, o Executivo enviou ao Congresso o projeto de lei que cria a Comissão da Verdade. Qual deve ser o papel desse grupo?

Rosário
- Vários países do mundo, de forma madura, instituíram comissões da verdade e da memória e conseguiram enfrentar suas questões mais sentidas, os dramas sociais mais perversos da sua história, fazendo um processo de reconciliação nacional.
O que há é a necessidade dos cidadãos brasileiros de terem um encontro com esse período [da ditadura militar].


FOLHA - A sra. defende pontos controversos do programa, como a concessão de benefícios previdenciários a prostitutas e a defesa da adoção por casais gays?

Rosário
- A secretaria irá cumprir o plano. Quando a gente trata, por exemplo, da possibilidade de as famílias homoafetivas fazerem a adoção, nós estamos trabalhando com algo que é muito importante para as crianças em abrigos.
O Brasil deve assegurar o direito à família a essas crianças. A orientação sexual das pessoas não determina se elas serão bons pais ou mães. A superação desse preconceito é importantíssimo.


FOLHA - Diante dos recentes ataques a homossexuais em São Paulo, a secretaria irá elaborar políticas para a comunidade gay?

Rosário
- A secretaria vai intensificar o seu trabalho em relação ao combate à homofobia. Quero tratar dessa questão com a emergência que ela exige. Nós estamos diante de crimes motivados pelo ódio à condição humana dos homossexuais. Quero trabalhar com Estados e municípios para compor uma rede que consiga enfrentar essa violência com mecanismos concretos de responsabilização. Será uma das minhas primeiras medidas.


FOLHA - Isso inclui aprovar o projeto que criminaliza a homofobia?

Rosário
- Quem tem urgência não espera a lei ser votada no Congresso. Muitas vezes as legislações demoram nessa área de direitos humanos mais do que deveriam. Não vou começar pela lei, mas pela mobilização nacional.


FOLHA - Como a sra. avalia a forma como foram tratados o aborto e a união civil homossexual durante as eleições?

Rosário
- A motivação pela qual eles entraram no debate, especialmente pelos setores de oposição, foi alimentar o preconceito da sociedade brasileira e tentar com isso estabelecer dividendos eleitorais a partir dos setores conservadores. Não acho que essa é uma boa estratégia. O momento eleitoral foi um momento triste diante disso.


FOLHA - A sra. defende a descriminalização do aborto?

Rosário
- Não pretendo, ao iniciar os trabalhos da secretaria, oferecer posições que sejam mais pessoais do que aquelas de trabalho. Vou seguir plenamente o que o plano de direitos humanos estabeleceu e o que a presidente assumiu durante a campanha. Defendo o tema como uma questão de saúde pública.

Fonte: Folha de São Paulo / Gospel Channel



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