Com a recusa, o pastor de 34 anos poderá ser condenado à morte de acordo com a legislação religiosa do Irã.
"Perguntaram pela terceira e última vez se ele está arrependido de ter abandonado o Islã e ele respondeu que não, pois, antes de se converter ao cristianismo, não tinha fé", disse o advogado de defesa, Mohamad Ali Dadjah, que acrescentou estar convencido de que seu cliente será absolvido.
Dadjah ressaltou que, durante a audiência, fez alusão aos tratados internacionais dos quais o Irã é signatário e, portanto, obrigado a respeitar e aplicar a liberdade religiosa.
O advogado também citou aos juízes estudiosos do islamismo que afirmam que abandonar a religião muçulmana não é motivo para ser aplicada a pena de morte, ainda que a lei iraniana a contemple.
Para Dadjah, os tribunais iranianos "não estão em posição de executar" a pena de morte nesse caso, como prevê a Sharia (lei islâmica). De acordo com essa lei, cabe a pena de morte aos muçulmanos que tiverem abandonado a fé islâmica e não tenham se arrependido, após serem questionados por três vezes sobre o arrependimento.
Na terça-feira (27), Dadjah disse que, caso o pastor seja condenado, ele vai recorrer novamente ao Tribunal Supremo do Irã. Em 5 de julho, o Tribunal Supremo anulou a pena de morte e devolveu o caso à Audiência Provincial de Gilan.
Se a pena for confirmada e o Tribunal Supremo não aceitar o recurso, Nadarjani ficará à disposição do departamento que se encarrega das condenações no sistema judiciários iraniano.
Nadarjani, que segundo a lei iraniana é originalmente muçulmano por ser filho de muçulmanos, se converteu ao cristianismo aos 19 anos e atualmente é pastor de um grupo evangélico. Ele foi detido em outubro de 2009 e processado por ter abandonado o islamismo.
Fonte: Folha.com.
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Observações
1. Jesus já avisava: "Pelos seus frutos os conhecereis" (Mt 7:20).
2. O recado que os fariseus receberam de Jesus há cerca de 2.000 anos atrás também vale para os muçulmanos de hoje em dia: "Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes." (conf. Mt 12:7).
3. Paulo já anunciava, em sua segunda carta a Timóteo, que os últimos tempos seriam muito trabalhosos devido à crueldade de pessoas implacáveis, sem afeto natural, sem amor para com os bons, "tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela" (conf. II Tm 3:5).
“Todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus; mas quem me negar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus.”
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“Todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus; mas quem me negar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus.”
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