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Rússia e Irã puseram em operação usina nuclear de Bushehr


A Rússia e o Irã puseram em operação uma unidade geradora na usina nuclear de Bushehr, a primeira da República Islâmica. Está por enquanto funcionando a um terço de sua capacidade máxima de 1 000 mW, devendo entrar em pleno funcionamento daqui a 2 ou 3 meses. A Agência Internacional de Energia Atômica já inclui o gerador no rol de unidades energéticas nucleares ativas.

As obras dessa usina, a primeira do Irã e de toda a região circundante, haviam sido iniciadas ainda em 1975. Então, o papel pioneiro foi assumido pela companhia "Kraftwerk Union AG", uma filial da gigante alemã "Siejmens". Em fevereiro de 1979, porém, ocorreu no Irã uma revolução islâmica, começando pouco depois o conflito militar iraniano-iraquiano. Consequentemente, as obras foram terminadas e o contrato rescindido.

Foi porque ao usar da palavra na coletiva de imprensa convocada em Teerã para informar da inauguração da usina nuclear em Bushehr, o chanceler iraniano Ali Akbar Salehi disse que o País estivera esperando por esse acontecimento durante 35 anos. Coisas como essa não podem ser esquecidas e não serão esquecidas – frisou o diplomata. A mesma circunstância foi apontada em entrevista ao enviado especial da nossa emissora em Teerã, Ivan Zakharov, pelo cientista político iraniano Hassan Beheshtipur, que disse:

A "Bushehr" é, realmente, uma das páginas mais importantes das nossas relações bilaterais. A Rússia iniciou as obras desta usina nuclear exatamente na época em que os países ocidentais tinham aplicado sanções unilaterais contra o Irã. Então, a Alemanha desistiu da construção que há havia sido iniciada. Foi, pois, nessas condições extremamente complicadas, diria até em uma situação delicada, que a Rússiam ou melhor, ainda a União Soviética procedeu com espírito de iniciativa e acudiu em ajuda ao Irã. Como resultado, o Irã ganhou uma base tecnológica para o desenvolvimento da indústria energética nuclear com fins civis e deu um passo substancial para poder prover de forma autônoma as necessidades de sua população em energia elétrica.

É importante para os Iranianos não somente o próprio fato de ter sido posta em operação a primeira central nuclear, não obstante as duras sanções impostas pelas Nações Unidas. Juntamente com tecnologias para geração do "átomo civil", as quais excluem possibilidade de seu uso duplo, a Rússia transmite ao Irã sua experiência de construção e exploração de tais instalações. Daqui a alguns anos estará a usina sendo explorada pelo pessoal especializado russo sob garantia. Foi para esse efeito criada uma empresa mista incumbida de gerenciamento da unidade geradora na usina nuclear "Bushehr". Foi organizada em regime paritário, tendo sido o pessoal tecnico formado em uma proporção semelhante. Entretanto, a cota de participação russa irá diminuindo aos poucos, devendo daqui a dois ou três anos ser o gerenciamento operacional da usina nuclear ser transferido para engenheiros iranianos após uma preparação especializada. Para Afshin Mohammadi, um médico jovem de Bushehr, isso é um valor inestimável. E argumenta:

Saúdo o desenvolvimento da ooperação iraniano-russa na área da indústria nuclear para fins civis. Nossos especialistas trabalhando lado a lado com o pessoal nuclear russo estão recebendo uma experiência profissional supervaliosa. O lançamento da "Bushehr" é uma prova da confiança entre o Irã e a Rússia. Não vejo nada de mal na ideia de continuar a Rússia construindo centrais nucleares no Irã.

O Início do Fim: Aumentam as Relações Russo-Iranianas



22/ago/2011 - A Rússia apresentou ao Irã novas propostas de construção de usinas nucleares, além da já existente usina de Bushehr, construída pela Rosatom através de um acordo entre os dois países. A notícia foi divulgada pelo presidente da organização de energia atômica da república islâmica iraniana, Fereydoon Abbasi-Davani, que, no entanto, não revelou nem os locais nem os tipos de usinas a serem construídos.

Durante os últimos anos, o Irã vem demonstrando grande interesse na construção de 10 a 20 usinas nucleares em seu território, além de instalações de enriquecimento de urânio e de um centro de pesquisas em tecnologias nucleares.



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Chávez Suspende Programa Nuclear Venezuelano


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, declarou que o seu país suspendeu o desenvolvimento do programa de uso pacifico da energia atômica, incluindo a central atômica, que deve ser construída pela Rússia. Esta decisão foi tomada em vista de grandes terremotos e tsunamis no Japão que acarretaram acidentes nas centrais atômicas deste país. A respetiva notícia foi divulgada pela agência “Reuters”.

Em outubro de 2010 a Rússia e a Venezuela concluíram um acordo sobre a construção de uma central atômica com potência de 4 mil megawatts neste país latino-americano. O respectivo contrato foi assinado em Moscou, durante a visita do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Mas na quarta-feira o presidente Chávez declarou que os riscos deste projeto são demasiadamente grandes. Isto foi confirmado pelo grande terremoto de magnitude 9 que tinha danificado várias centrais atômicas do Japão.

“No presente momento mandei congelar os planos de desenvolvimento do programa de átomo pacifico. Não tenho a menor dúvida de que estes acontecimentos no Japão irão exercer uma grande influência sobre os planos de desenvolvimento da energética atômica no mundo”, - disse Chávez durante o encontro com os investidores chineses em Caracas.

Um terremoto de magnitude 9 deu-se junto do litoral nordeste do Japão no dia 11 de março. Os abalos subterrâneos provocaram um tsunami de mais de dez metros de altura, o que acarretou grandes destruições. De acordo com os dados oficiais, mais de dez mil pessoas morreram ou desapareceram em resultado desta calamidade natural. Depois do terremoto deixaram de funcionar os sistemas de arrefecimento das centrais atômicas “Fukushima-1” e “Fukushima-2”, o que fez o governo decretar o regime de emergência. A partir do sábado na central atômica “Fukushima-1” houve explosões no primeiro, segundo e terceiro blocos. No quarto bloco houve um incêndio. Este acidente resultou na elevação da radioatividade ambiente na região da central, o que fez as autoridades evacuar pessoas residentes num raio de vinte quilômetros em torno desta.

As autoridades do Japão reconhecem que a situação na central atômica de “Fukushima” continua extremamente grave. O comissário europeu para a energética Günther Oettinger qualificou o acidente na central atômica japonesa “Fukushima-1” de “Apocalipse”.




Notícia relacionada:

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http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/03/16/colombia-elogia-venezuela-por-congelar-projeto-nuclear-924024891.asp