Líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) estão preocupados com a possibilidade de que o aborto, “casamento” gay e outras questões morais e éticas sejam introduzidas nas campanhas eleitorais municipais deste ano. O desespero principal é que essas questões possam trazer ameaças aos candidatos petistas, que ainda se recordam de como Dilma Rousseff estremeceu quando quase perdeu a eleição presidencial de 2010 por causa de posturas envolvendo o aborto.
Aliás, ela só não perdeu a eleição porque teve de assinar um compromisso público com líderes evangélicos de não permitir que seu governo promovesse o aborto...
O PT não quer a repetição desse perigo. Por isso, líderes petistas estão se manifestando publicamente pedindo que o aborto e outros assuntos não entrem nas campanhas eleitorais. O deputado estadual petista Edinho Silva disse: “A religião não pode ir para o embate político, isso é muito ruim, muito perigoso. Não devemos instigar a disputa religiosa em processo eleitoral”.
Uma reunião oficial de líderes petistas também já foi realizada, onde foi determinado que o aborto e outros questões morais devem ficar de fora das campanhas.
O entendimento ideológico do PT é que toda oposição ao aborto, ao “casamento” gay e outras ameaças morais configura “postura religiosa”. Já a aceitação do aborto e do “casamento” gay representa mentalidade aberta e progressista, defesa do Estado “laico”, etc.
Por isso, evitar “temas religiosos” é uma tentativa petista desesperada de proteger seus candidatos que defendem aberrações. Fernando Haddad, candidato do PT para a prefeitura de São Paulo, ficou famoso com o kit gay, que ele mesmo ajudou a promover. Se a questão gay entrar na eleição de São Paulo, Haddad pode perder feio.
Para os eleitores, as escolhas são terríveis. Se correr, o bicho (Serra) pega. Se ficar, o bicho (Haddad) come.
Se os “temas religiosos” (oposição ao aborto, ao “casamento” gay e outras ameaças morais) prevalecerem, a população ganha.
Contudo, se as “mentalidades abertas e progressistas” (aceitação do aborto, do “casamento” gay e outras aberrações) prevalecerem, tanto Haddad quanto Serra podem facilmente ganhar.
Uma mulher chega apavorada no consultório de seu ginecologista e diz:
- Doutor, o senhor terá que me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e já estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro...
O médico então perguntou:
- Muito bem.. O que a senhora quer que eu faça?
A mulher respondeu:
- Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.
O médico então pensou um pouco e depois de algum tempo em silêncio disse para a mulher:
- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora.
A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.
Ele então completou:
-Veja bem minha senhora, para não ter que ficar com dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...
A mulher apavorou-se e disse:
- Não doutor! Que horror! Matar uma criança é crime.
- Também acho minha senhora, mas você me pareceu tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la.
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito. Convenceu a mãe de que não há a menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no ventre materno.
O crime é exatamente o mesmo, ou seja: assassinato.
O pedido do pastor da 1ª Igreja Batista em Curitiba (PR), Paschoal Piragine Júnior para que os evangélicos não votem nos candidatos do PT, gerou revolta entre os integrantes do partido. Durante entrevista à Rádio CBN do Paraná, o dirigente do PT, Enio Verri, disse que vai acionar o pastor juridicamente imediatamente.
No dia 29 de agosto o pastor alertou a Igreja sobre a ‘iniquidade estatizada’ e denunciou que o PT, durante o Congresso anual, manifestou-se favorável ao aborto, PLC 122/06. A mensagem repetida durante os dois cultos da Igreja lembrou como a iniqüidade pode ferir o coração do homem. Após pedir oração pelas eleições exibiu um vídeo mostrando os casos de abortos, infanticídios indígenas e ameaça à igreja através do PLC 122/06 que cria uma ditadura gay. No vídeo, durante a Parada Gay, lideranças do movimento preparam uma ofensiva para aprovar leis como a união civil entre pessoas do mesmo sexo com apoio do Governo.
Enio Verri diz que o partido estuda medidas para acioná-lo juridicamente e diz que ele mentiu misturando posição pessoal e insinuou que Piragine está comprometido. “Não esperava que um pastor proferisse a mentira, certamente o céu não será destino dele.
Em poucos dias, mais de 1 milhão de pessoas já assistiram ao vídeo da mensagem.
Confira o vídeo do pastor Paschoal Piragine em que ele faz um apelo à Igreja contra os projetos anticristãos do partido:
Posicionamento do Pr. Paschoal Piragine Jr sobre as eleições 2010
Postado por
Gisele
, domingo, 15 de agosto de 2010 at 18:21, in
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O PT é favorável à legalização do aborto, de qualquer aborto? É!!! Foi uma decisão tomada no 3º Congresso do partido. E todos os seus membros, o que inclui a candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff, estão obrigados a seguir essa orientação e a lutar para torná-la uma realidade. E é o que o partido e ela própria vêm fazendo, temos de admitir (são coerentes!), embora, na boca da urna, tentem fingir que não. O Programa Nacional (Socialista) dos Direitos Humanos, que ganhou forma final da Casa Civil, então comandada por Dilma, incluiu a legalização do aborto como meta a ser atingida e, pasmem!, como um direito humano. A própria candidata concedeu entrevistas em que defendeu essa idéia. Na boca da urna, o discurso assumiu um tom ambíguo, mas que se destaque: até agora, Dilma não se disse contrária à legalização.
O PT está tão convicto da necessidade de descriminar qualquer aborto que chegou a PUNIR dois deputados que participaram de atos contra a legalização. Luiz Bassuma e Henrique Afonso tiveram seus direitos partidários suspensos por terem contrariado justamente as resoluções do 3º Congresso. Como as decisões tomadas são diretrizes partidárias, há que se concluir que, caso eleita presidente da República, Dilma vai tentar implementar o programa do partido e lutará, pois, para legalizar o aborto em qualquer caso. Posso achar, e acho, um horror, mas ela estará sendo coerente com o que pensa. Incoerente, aí sim, é um cristão — não é caso da candidata, que confessa rezar só quando o avião balança — escolher esse caminho.
Os petistas e aqueles setores da imprensa não querem debater o assunto agora. A própria oposição parece não considerá-lo muito confortável. Os que se manifestam contra a legalização do aborto são tratados pelo subjornalismo militante como expressões do atraso, e a questão é vista como parte de uma pauta “apenas religiosa”. APENAS?
Eu sou contra a existência de partidos religiosos — no mais das vezes, faz-se má política e se pratica péssima religião. Não gosto de coisas como “bancada evangélica” ou “bancada católica”. Vejo nisso uma tentativa infeliz de manipular a crença em favor de questões demasiadamente terrenas. Mas defendo, aí sim, o direito que a Igreja Católica — e qualquer outra igreja — tem de lembrar a seus fiéis quais são os princípios que reúne a sua comunidade. Não reconheço é o direito, o intelectual ao menos, que tem Edir Macedo de distorcer o Eclesiastes para defender tal prática, como ele faz. Não que eu me fie muito em seus valores religiosos. Trata-se apenas de mais uma particularidade do empresário.
Não dá para ser cristão e, ao mesmo tempo, ser favorável à legalização do aborto. Não dá porque são coisas antitéticas. Não se trata de um assunto ligado meramente à esfera dos costumes, que tende a mudar com o tempo. Trata-se de um princípio e de um fundamento moral do cristianismo. Ou bem se escolhe uma coisa ou bem se escolhe outra. Por isso mesmo, vejo com assombro o tal grupo “Católicas pelo Direito de Decidir”, que defende a descriminação do aborto. Ora, é claro que elas são livres para decidir deixar a Igreja. Mas não são livres, não, para, dizendo-se católicas, travar a sua luta. Ela é ncompatível com o fundamento da crença que dizem ter. É simples assim. Ser católico é uma escolha, não uma imposição. Feita a escolha, há princípios.
Não me venham com essa conversa de que os “reacionários” de sempre estão acusando Dilma ou o PT de serem favoráveis à legalização do aborto. Trata-se de fatos. Ela concedeu entrevistas defendendo esse ponto de vista. E essa é uma resolução do congresso do partido. Ou será, agora, reacionário atribuir ao PT o que o próprio PT defende?