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Vaticano pede uma “Autoridade Pública Global” e um “Banco Central Mundial"

Instituição liderada por Bento XVI apela à criação de uma autoridade global
(REUTERS/Max Rossi )

O Vaticano apelou hoje (24/10/2011) à criação de uma “autoridade pública global” e um “banco central mundial” para regular as instituições financeiras e impedir uma nova crise internacional.

Num comunicado citado pela agência Reuters, o Vaticano começa por dizer que “a crise económica e financeira pela qual o mundo está a passar exige que todos examinem em profundidade os princípios e os valores culturais e morais que estão na base na coexistência social”.

A instituição que representa a Igreja Católica condena aquilo que chama a “idolatria do mercado” e o “pensamento neo-liberal” que colocaram o mundo na rota da crise. Para tentar evitar uma nova turbulência na economia mundial, o Vaticano considera essencial a criação de uma “autoridade supranacional” de âmbito mundial e com jurisdição universal para orientar as decisões e políticas económicas.

De acordo com a instituição, uma autoridade deste género deveria começar tendo como ponto de referência as Nações Unidas e, mais tarde, tornar-se-ia independente.

Além disso, o Vaticano considera que é necessário um banco central mundial, visto que, “em termos económicos e financeiros, as maiores dificuldades vieram da falta de um conjunto efectivo de estruturas que pudessem garantir, a par de um sistema de governança, um sistema de governo para o sistema financeiro e económico internacional”.

Para a instituição, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já não tem o poder ou a capacidade de estabilizar o mundo financeiro, pelo que é necessário “um banco central mundial, que regule o fluxo e o sistema de trocas monetárias semelhante aos dos bancos centrais nacionais”.


Bento XVI propõe criação de AUTORIDADE GLOBAL para governar a economia

(07/jul/2009)

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Na terceira encíclica do seu pontificado, a primeira de cariz social, Bento XVI formula a posição da Santa Sé sobre a reforma da "arquitectura económica e financeira internacional" no contexto da crise que se propagou dos Estados Unidos aos cinco continentes. A resposta da comunidade internacional, defende o Papa, terá de passar pela criação de uma "verdadeira autoridade política mundial", um ónus que poderia recair sobre as Nações Unidas. Para tal impõe-se uma célere "reforma" da Organização.
Disciplinar a globalização seria, nos termos da encíclica Caritas in veritate (A caridade na verdade), a tarefa de base da nova "autoridade", um "degrau superior de organização à escala internacional de tipo subsidiário". Para além de "governar a economia mundial, sanear as economias atingidas pela crise" e "prevenir o seu agravamento e maiores desequilíbrios", o novo mecanismo proposto pelo Vaticano trataria também de "proceder a um desejável desarmamento integral, alcançar a segurança alimentar, assegurar a protecção do ambiente e regular os fluxos migratórios", à luz do "princípio da solidariedade".

No entender do Papa, a globalização, "a priori, não é boa nem má". No entanto, defende que os indivíduos passem da condição de "vítimas" ao papel de "protagonistas" na correcção de "disfunções, tantas vezes graves, que introduzem novas divisões entre os povos e no interior dos mesmos".

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Fonte: http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Bento-XVI-propoe-criacao-de-autoridade-global-para-%93governar-a-economia%94.rtp&article=231065&visual=3&layout=10&tm=7