A pedido da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o instituto de pesquisas Datafolha ouviu 1.525 crianças de 4 a 10 anos em 131 municípios brasileiros. Nunca tinha sido feita uma investigação até então sobre esses sentimentos. Não era possível afirmar se diferenças culturais ou de classes econômicas poderiam contribuir para o grau de felicidade na infância. Para surpresa dos pesquisadores, nenhum desses fatores foi significativo. As crianças de norte a sul do país deram respostas muito parecidas. "Os sentimentos se mostraram universais", afirma Eduardo Vaz, pediatra, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Ficar perto da família (pais, irmãos e avós) deixa 87% das crianças brasileiras mais alegres. Os avós estarem hoje chegando à velhice mais saudáveis é um motivo de grande alegria no dia a dia dos netos. O dia do aniversário aparece como motivo de alegria para 96% das crianças não só pelos presentes recebidos nesta data, mas principalmente por causa da atenção que recebem da família e dos amigos.
Essa pesquisa me fez lembrar uma experiência que assisti num documentário que fizeram com macacos. Pesquisadores pegaram macaquinhos pequenos que recebiam diferentes coisas dos macacos adultos. Os macaquinhos ficavam mais contentes e amavam mais os macacos que passavam mais tempo com eles e não os que davam mais presentes.
Dá pra ver claramente que as crianças de hoje ainda gostam das mesmas coisas que as crianças de antigamente , os pais é que não sabem interpretar o que os filhos precisam. Os pais pensam que o maior motivo de tristeza dos filhos é por causa das broncas e de fracasso em competições, mas os filhos dizem que ficam tristes quando ficam longe dos pais ou têm que brincar sozinhos. Os pais pensam que os brinquedos que os filhos mais gostam são os de tecnologia mais avançada, mas os filhos dizem que as melhores brincadeiras individuais são com a boneca e o carrinho e com os amigos jogar bola, esconde-esconde e andar de bicicleta.
Tenho ouvido muito que as crianças estão mais obesas ultimamente porque não gostam mais de brincadeiras que envolvem atividades físicas, mas a pesquisa revelou que elas ainda gostam muito, só que infelizmente estão sendo cada vez menos incentivadas a isso e deixadas em frente à uma televisão e um computador.
Um dado que me fez rir foi o que as crianças responderam que mais gostavam na escola, elas responderam exatamente o que eu sempre mais gostei também: as férias e o recreio! :)
Resumindo: as crianças se sentem bem quando têm a oportunidade de interagir com as pessoas.
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Vida-util/noticia/2012/05/por-que-ela-esta-tao-feliz.html
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