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Facebook usa tecnologia PhotoDNA, da Microsoft, para diminuir pedofilia na rede



A fotografia digital é boa em diversos aspectos. Permite correções, é barata, não limita o fotógrafo com poucas dezenas de fotos por filme e é fácil de ser compartilhada. Infelizmente, tamanha praticidade não é só usada para as fotos das férias de família ou para o churrasquinho do fim de semana; muita gente a usa para fins reprováveis, muitos deles ilegais e totalmente revoltantes, como a pedofilia.

O problema é seríssimo e chama a atenção de empresas que lidam com fotografia digital, como é o caso do Facebook. Já faz algum tempo que o "Face" é o site que mais recebe fotos do mundo — a estimativa atual é de que, por dia, 200 milhões de imagens sejam enviadas para os servidores da rede. Graças principalmente às denúncias de usuários, parte da equipe do Facebook consegue detectar pedófilos e eliminar o conteúdo pornográfico que eles produzem e compartilham, mas esse trabalho, embora super válido, às vezes não dá conta do tanto de barbaridades que são veiculadas por usuários mal intencionados.

A última investida do Facebook pretendeu automatizar parte desses esforços. O site foi o primeiro grande player da Internet a utilizar, em ambiente real, a tecnologia PhotoDNA. Desenvolvida pela Microsoft, ela permite a detecção de imagens pré-determinadas com altos índices de acerto em velocidade inacreditável.


O PhotoDNA foi doado pela Microsoft ao National Center for Missing & Exploited Children em 2009. Desde então, o centro aprimorou o filtro da ferramenta, com foco em crianças menos de 12 anos, segundo o mesmo, “o pior do pior” em se tratando de pornografia infantil.

Atualmente, o PhotoDNA é capaz de detectar dez mil imagens do tipo, as mais compartilhadas segundo o National Center for Missing & Exploited Children. Desde 2002 o centro colhe fotos de exploração infantil na web e, em nove anos, acumulou 48 milhões de imagens do tipo; só em 2010 foram 13 milhões. Nos Estados Unidos, ele tem carta branca do Congresso para atuar na coibição desse tipo de material, bem como para identificar e prestar assistência a vítimas de abusos.
 Testes conduzidos pela Microsoft com a base de 10 mil imagens pornográficas em serviços da empresa, como Windows Live SkyDrive e o buscador Bing, mostraram que a cada 10 milhões de imagens comparadas com as da base, 125 batem. Disso, a empresa estima que, no mínimo, cerca de 50 mil fotos de pornografia infantil são transmitidas por dia via Internet.

O PhotoDNA é bastante complexo, mas seu modo de operação pode ser explicado de forma simplificada. Ele atua mais ou menos como programas de antivírus, ou seja, cria um “hash”, uma assinatura em forma de código, para cada imagem. A criação do hash é feita após a imagem ser convertida para preto e brando e redimensionada para um tamanho padrão; depois, ela é cortada em blocos e cada um deles é analisado segundo diversos parâmetros, culminando com a criação do hash, a “impressão digital” da foto.

Por gerar um código unitário baseado em critérios bem específicos, o PhotoDNA consegue identificar imagens mesmo editadas, e é aqui que mora o seu grande trunfo. O vídeo abaixo, produzido pela Microsoft, explica o funcionamento da tecnologia (em inglês, requer Silverlight):

http://www.youtube.com/watch?v=CyTv-7jdnCY&feature=player_embedded

As assinaturas podem ser compartilhadas com serviços da Internet, que é o que está sendo feito com o Facebook.


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