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Monitoração de alunos na Bahia - com chip no uniforme!


A partir da próxima semana, a prefeitura da cidade baiana de Vitória da Conquista irá distribuir gratuitamente, para mais de 20 mil alunos distribuidos por 25 escolas municipais, um uniforme escolar com chip embutido. O objetivo é monitorar a frequência escolar dos alunos, repassando essa informação diariamente para os pais, em tempo real.

O chip fica localizado ou no brasão da escola, ou na manga da camiseta. A etiqueta de cada uniforme terá um número universal, que deverá ser cadastrado no sistema escolar com os dados dos alunos e com o número de celular dos pais ou responsáveis.

Um sensor será instalado na entrada de cada escola, confirmando a entrada e a saída do estudante. Sempre que um aluno passar pelo sensor, imediatamente será encaminhada uma mensagem de texto (SMS) para o celular cadastrado.

De acordo com o secretário da Educação de Vitória da Conquista, Coriolano Moraes, a tecnologia vai permitir que os pais estejam mais presentes na vida escolar dos filhos.

"O nosso objetivo é interagir o uniforme inteligente com o Projeto de Integração Família e Escola, para que possamos promover cada vez mais essa integração e melhorar o debate, o diálogo, o acompanhamento e a permanência dos alunos na escola", afirmou durante o lançamento da iniciativa, na terça-feira.

De acordo com a assessoria da prefeitura, a cidade é a primeira do Brasil a receber o fardamento digital, que teve um custo de R$ 1,2 milhão. O projeto já funciona de forma experimental desde o ano passado.

Escolas no MS reduzem violência com medida polêmica

Escolas fazem os alunos lavar banheiros, pratos e talheres, distribuir merenda e limpar o local onde estudam

(JOÃO NAVES DE OLIVEIRA - Agência Estado)

As escolas de Campo Grande (MS) conseguiram reduzir em 60% a violência, em apenas um ano, com aplicação de medidas consideradas polêmicas pelos alunos, mas aprovadas pelos pais. O dado é do promotor da Infância e Adolescência Sérgio Fernando Harfouche.

Para punir os estudantes indisciplinados, escolas das redes pública e particular fazem os alunos lavar banheiros, pratos e talheres, distribuir merenda e limpar o local onde estudam.

As atividades foram introduzidas em 52 estabelecimentos do ensino fundamental, que reúnem um total de 8 mil dirigentes e professores. As práticas, que entraram em vigor em maio do ano passado, são apontadas como responsáveis pela redução da violência escolar.

Harfouche é autor do método que pune os indisciplinados com tarefas obrigatórias dentro da escola. Ele reconhece que a medida não é simpática, mas afirma que ela tem dado "ótimos resultados". "Crianças não são bandidos, são indisciplinadas."

Segundo Harfouche, entre os principais problemas registrados com crianças e adolescentes de 11 a 14 anos estão desacato e agressão ao professor, ameaças e brigas. E há até casos de tentativa de homicídio. "Eles acabam cometendo uma série de infrações, contrariando o Artigo 129 do Código Penal. Se fossem adultos seriam condenados e presos", diz Harfouche.

Mas, como não são, afirma o promotor, a pena máxima é "ficar com o nome sujo na polícia, impune e passar pelas unidades de internação educacional do governo". "Nas escolas, no lugar de uma ocorrência policial contra o menor, nós damos trabalho."

No ano passado, S.P.G., de 12 anos, foi armado com uma faca caseira, do tipo peixeira, para a escola. "Eu queria matar um colega da minha classe, mas fui denunciado e me levaram para o juizado", conta o garoto. A mãe, A.A.P.G., de 38 anos, confirma a história, acrescentando que o filho "era terrível".

"Em três meses de atividades obrigatórias na escola, ele virou outra coisa - e coisa boa", comemora a mãe. E o garoto completa: "Eu trabalhei direitinho. Paguei muito mico na frente dos meus amigos. Era só gozação", admite.

O promotor da Infância e da Adolescência afirma que S.P.G. não foi o único a deixar a internação do juizado de menores. "Já conseguimos reunir o nome, endereço e todos os dados disponíveis de 178 menores que saíram desses locais no ano passado e estão estudando normalmente, principalmente em escolas da rede pública", conta.

Fonte: jornal O Estado de S.Paulo.